Até recentemente, as modalidades de tratamento do acidente vascular cerebral agudo eram relativamente limitadas e baseadas na utilização de medicamentos cuja função é dissolver o trombo que interrompeu a circulação arterial no cérebro. O ano de 2015 foi de novidades. Cinco artigos científicos publicados no New England Journal of Medicine demonstraram que o tratamento médico associado à remoção mecânica do trombo, mediante a utilização de dispositivo que é introduzido na artéria em causa, tem um impacto significativo no aumento do número de doentes que recuperam com bom prognóstico. Apesar de nem todos os doentes terem indicação para este tipo de terapêuticas, infelizmente, e apesar do programa que foi implementado no Serviço Nacional de Saúde, designado Via Verde dos AVCs, ainda é relativamente escasso o número de doentes que chegam ao Serviço de Urgência com o máximo de 6 horas de instalação dos sintomas, período durante o qual, estes tratamentos, podem ser utilizados.