Ocrelizumab no tratamento da Esclerose Multipla

O Ocrelizumab é um anticorpo monoclonal que atua através da depleção das células B do sistema imunitário e que foi avaliado em formas surto-remissão e primariamente progressivas da Esclerose Múltipla, sendo administrado por via endovenosa de 6 em 6 meses.
Nos estudos OPERA I e II, no qual participaram Centros Portugueses, o efeito do Ocrelizumab foi comparado com o do Interferão beta 1 A, em formas surto-remissão, tendo-se verificado uma redução de 50% na taxa anualizada de surtos. De mesma forma no estudo ORATORIO, em que igualmente participaram Centros Portugueses, o Ocrelizumab reduziu a progressão da incapacidade em 24%, em doentes com formas primariamente progressivas da Esclerose Múltipla.
Os efeitos acessórios foram frequentes e entre eles, as reações relacionadas com a infusão, infeções respiratórias superiores, cefaleias e infeções urinárias.
As neoplasias foram mais frequentes nos doentes tratados com Ocrelizumab – carcinoma da mama, carcinoma de células renais, tumor de células basais da pele e melanoma.
O medicamente foi recente aprovado nos Estados Unidos da América, estando em processo de aprovação na Europa.