Fibrilhação auricular e risco de acidente vascular cerebral

A fibrilhação auricular (FA) é um tipo de arritmia cardíaca, em que um das camaras, a auricular esquerda se contrai a um ritmo rápido mas não eficaz, predispondo á formação de coágulos, que ao entrarem na circulação sanguínea poderão entupir uma artéria, provocando um enfarte no órgão atingido. É particularmente frequente após os 65 anos de idade e constitui uma importante causa de acidentes vasculares cerebrais.
Quando detetada o doente deverá iniciar sob vigilância médica, um anticoagulante, que previne de forma eficaz o risco de embolia cardíaca e acidente vascular cerebral.
Um estudo publicado no JAMA em Março de 2017 e realizado nos EUA, veio chamar á atenção que apenas 16% de 94.000 casos de doentes com FA e acidentes vasculares cerebrais se encontravam a fazer anticoagulantes em dose apropriada. Os restantes ou não os faziam ou estavam a faze-los em doses infra terapêuticas. O mesmo estudo prevê que se devidamente tratados entre 55 mil a 88 mil acidentes vasculares cerebrais seriam evitáveis por ano. O mesmo estudo realça que o facto doentes com FA estarem devidamente anti coagulados, reduz a severidade e mortalidade do acidente vascular cerebral, caso o mesmo ocorra.