Até recentemente considerava-se como o valor ideal para evitar o acidente vascular cerebral e o enfarte do miocárdio os 140 mm de mercúrio de tensão artrial sistólica ou máxima. No final de 2015, o New England Journal of Medicine publicou os resultados do estudo SPRINT, em que 9000 indivíduos hipertensos, foram seguidos durante 3 anos, com 2 regimes tensionais diferentes, 120 e 140 mm de mercúrio. O estudo revelou que o grupo com valores tensionais mais baixos, apresentou uma redução de 25% no risco de acidente vascular cerebral, enfarte do miocárdio ou morte por doença cardíaca. Estes resultados devem contudo ser avaliados com cautela. Por um lado, estudos prévios não conseguiram demonstrar qualquer diferença entre estes dois regimes de tensão arterial. Por outro lado e mais significativo, o grupo de indivíduos com valores tensionais mais baixos, necessitaram de utilizar mais fármacos e apresentaram um aumento significativo de queixas relacionadas com a hipotensão arterial – desmaios, alteração dos eletrólitos no sangue e doença renal aguda. Outra preocupação á qual este estudo não respondeu, será qual o efeito de valores tensionais baixos, particularmente em indivíduos mais idosos, no desempenho cognitivo e eventualmente no desenvolvimento de demência.